A definição de dor revisada pela International Association for the Study of Pain (IASP) apresenta a dor como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”.
De acordo com o aspecto temporal, a dor pode ser classificada como aguda e crônica, sendo a dor crônica aquela que persiste após três meses além do tempo habitual de cura de uma lesão. As dores crônicas fazem parte do cotidiano de 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos.
A dor é uma questão de saúde pública especialmente no Brasil, sobretudo pelos problemas socioeconômicos. Estudos mostram sua associação com a baixa renda, menor escolaridade, alcoolismo, gênero feminino e alterações de saúde mental. A região de dor musculoesquelética mais prevalente é a lombar (lombalgia).
Para evitar dores ao longo do processo de envelhecimento, o ideal é que o indivíduo adote desde cedo hábitos saudáveis de vida, como por exemplo, iniciar a prática de atividades físicas. Com o envelhecimento, a tendência é o declínio da massa muscular ou sarcopenia, que se agrava na presença de sedentarismo. Esse enfraquecimento muscular está diretamente relacionado a prejuízos na mobilidade em idades avançadas e à presença de dor crônica.
Além dos benefícios dos exercícios físicos relacionados à manutenção ou ganho de massa muscular no combate de dores crônicas, os exercícios físicos contribuem com a qualidade do sono, liberação de hormônios que promovem a sensação de bem-estar entre outros efeitos benéficos para a saúde em geral.
Na presença de dores crônicas, algumas pessoas podem passar a ter insegurança e medo de se movimentar da forma adequada. Com a orientação de um profissional capacitado, que entende os mecanismos fisiológicos que envolvem um quadro de dor e que seu tratamento deve englobar diferentes aspectos e métodos, é possível recuperar as funções, mobilidade e autonomia.
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Aguair DP, Souza CPQ, Barbosa WJM, Junior FFUS, Oliveira AS. Prevalência de dor crônica no Brasil: revisão sistemática. BrJP. São Paulo, 4(3):257-67; 2021
Pesquisa aponta que quase 37% dos brasileiros acima de 50 anos têm dores crônicas – Ministério da Saúde
