Os riscos do diabetes e como os exercícios físicos podem ajudar a combatê-los

Por Dr. Áureo Lindolfo Chaves
CRM 127152
Endocrinologista

Dia 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), hoje existem mais de 12,5 milhões de brasileiros vivendo com a doença o que representa 6,9% da população. A má notícia é que esse número não para de crescer.

Diabetes mellitus é uma doença crônica, em que há deficiência de produção e/ou ação da insulina. Existem dois tipos principais: diabetes tipo 1, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença e aparece geralmente na infância ou adolescência e o diabetes tipo 2 que ocorre em cerca de 90% das pessoas e se manifesta mais frequentemente em adultos obesos, sedentários e com histórico familiar de diabetes. O excesso de peso é o principal fator de risco para esse tipo de diabetes. O modo como o corpo armazena gordura também é relevante. Pessoas com acúmulo de gordura predominantemente na região abdominal apresentam maior risco de desenvolver a doença. O diabetes tipo 2 vem muitas vezes acompanhado por outras condições, incluindo hipertensão arterial e colesterol alto. Este conjunto de condições clínicas (hiperglicemia, obesidade, hipertensão e colesterol alto) é referido como síndrome metabólica, sendo um grande fator de risco para doenças cardiovasculares.

Alimentação saudável e exercícios físicos regulares ajudam a baixar as taxas de glicose no sangue. Os benefícios físicos dos exercícios são múltiplos dependo do tipo de atividade realizada:

1 – Exercício aeróbico (ex: caminhada rápida, corrida, bicicleta, natação): diminui a resistência à insulina, melhora os níveis de lipídeos (gordura no sangue), reduz a pressão arterial, reduz a quantidade de gordura corporal, aumenta a aptidão cardiorrespiratória, provoca redução da taxa de mortalidade geral e cardiovascular, otimiza a capacidade funcional, saúde mental e a qualidade de vida.

2 – Exercício resistido (ex: musculação, atividade com pesos livres ou com próprio peso corporal) melhora a composição corporal, reduz a perda, mantém ou melhora a densidade mineral óssea e aumenta a força muscular.

3 – Exercício de flexibilidade e equilíbrio (ex: pilates, ioga): beneficia a mobilidade articular e a flexibilidade, estimula o equilíbrio e a marcha, podendo reduzir quedas.

É importante lembrar que se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações como retinopatia (doença da retina), nefropatia (insuficiência renal), neuropatia (doença dos nervos), pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral entre outros.

Dr. Áureo Lindolfo Chaves
CRM 127152
Endocrinologista
Consultório: Rua Dois de Julho, 417 – Ipiranga – São Paulo -SP
Tels: ( 11) 2068-2228 / 2068-2229 / 2068-2230
Referências

Umpierre D, Ribeiro PA, Kramer CK,Leitão CB, Zucatti AT, Azevedo MJ, et al. Phisical activity advice only or structured exercise training and association with HbA1c levels in type 2 diabetes : a systematic review and meta analysis . JAMA 2011 May; 305 (17): 1790-9

Macedo CLD, Fioretti AMB, Pachón KC. Aspectos clínicos e fisiológicos da prescrição de exercício físico no paciente diabético. In: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Carvalho GA, Czepielewski MA, Meirelles R , organizadores. Proendócrino ciclo 10 2018 p 71- 103 (sistema de educação continuada a distancia v . 1)

Este post tem 2 comentários

  1. Simony Ongaro Bianchi

    Gostaria de receber informações sobre cursos, sou estudante de Fisioterapia

    1. Funcionalidade

      Ola Simony Agradecemos seu comentário, e em breve lançaremos a agenda 2020 para cursos.

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