A osteoartrose, também conhecida como artrose ou osteoartrite, é a doença reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade. É uma das causas mais frequentes de dor do sistema musculoesquelético e de incapacidade para o trabalho no Brasil e no mundo. É considerada uma doença crônica, multifatorial, que leva a uma incapacidade funcional progressiva.
Apesar da osteoartrose ser uma doença de toda a articulação (cartilagem, ligamentos e osso), a lesão inicial costuma ser na cartilagem articular. A artrose tem um forte componente genético e, na maioria das vezes, o processo de lesão tem início na cartilagem devido à uma sobrecarga mecânica e acaba evoluindo para um ciclo vicioso inflamatório, perpetuando a degradação articular. É uma doença de evolução lenta sendo que as alterações radiográficas demoram três anos para serem observadas/mensuradas.
O entendimento progressivo da fisiopatologia da artrose, a percepção de que o processo não é puramente mecânico e/ou de envelhecimento, e o esclarecimento das vias inflamatórias envolvidas levaram à aplicação clínica de vários medicamentos. Existem drogas modificadoras da doença, que têm a capacidade de alterar a evolução da degeneração articular, retardar sua progressão, podendo até torná-la assintomática e, desse modo, evitar uma parcela dos procedimentos cirúrgicos.
A prescrição medicamentosa isolada não é suficiente para o controle ideal da osteoartrose. O tratamento deve ser centrado na pessoa, com abordagem multidisciplinar, para buscar a melhora funcional.
Os tratamentos não-farmacológicos recomendados para a osteartrose são:
- Prescrição individualizada de exercícios físicos, que devem incluir exercícios de fortalecimento muscular, de flexibilidade (ganho de mobilidade articular) e de condicionamento físico (exercícios aeróbios)
- Eletroterapia analgésica com uso de recursos como ultrassom e termoterapia no tratamento coadjuvante sintomático (dor)
- Orientações: (1) salientar que a doença não é sinônimo de envelhecimento e está relacionada com a capacidade funcional, sendo que a intervenção terapêutica trará considerável melhora de qualidade de vida; (2) estímulo à prática de atividades esportivas sob orientação de um profissional habilitado; (3) orientação com relação à ergonomia do trabalho doméstico e/ou profissional.
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