Conhecendo o método Pilates

O método Pilates foi criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1883-1967), durante a Primeira Guerra Mundial para tratar feridos de guerra. Ao final da guerra, o criador do método foi trabalhar como voluntário em um hospital que recebia combatentes feridos ou mutilados e utilizou a resistência oferecida pelas molas dos colchões e outros materiais hospitalares para recuperá-los. Posteriormente, o método foi utilizado amplamente por bailarinos nos Estados Unidos, sendo que somente nos anos 80 houve reconhecimento internacional da técnica. Na década de 90 ganhou popularização de sua prática, sendo aplicado a indivíduos com diferentes idades e níveis de aptidão motora.

O método era chamado originalmente de Contrologia que consiste em uma habilidade de mover o corpo com consciência e controle, com total coordenação do corpo, mente e espírito, empregando princípios específicos para proporcionar a integração entre eles: concentração, controle, precisão, fluidez do movimento, centro de força e respiração.

O Método Pilates é composto por exercícios realizados em solo (Mat Pilates) ou em aparelhos (Studio de Pilates, com 4 equipamentos: Cadillac, Reformer, Cadeira e Barril), que são introduzidos de forma gradual, com poucas repetições. Os exercícios são selecionados de acordo com a avaliação física sempre visando o objetivo funcional de cada indivíduo. O aumento do grau de dificuldade é feito de acordo com a evolução e ganho de resistência muscular.

É uma alternativa segura de atividade física que promove benefícios na correção da postura, melhora flexibilidade, resistência muscular, força e equilíbrio, além de ser uma forma de conexão entre corpo e mente. Já foi descrito que o método pode melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, por desempenhar um papel motivador, desafiador e poder auxiliar na melhora da percepção corporal e da autoestima.

Há evidências já bem documentadas na literatura científica sobre o uso do método Pilates no tratamento para dor crônica, por exemplo, lombalgias, cervicalgias e escoliose não-estrutural. Há efeitos positivos e eficazes também com a população da terceira idade e indivíduos com desordens neurológicas, como Doença de Parkinson, Esclerose Múltipla e Acidente Vascular Encefálico (AVE).

Referências

Cruz JC, et al. The Pilates method in the rehabilitation of musculoskeletal disorders. Fisioter Mov 2016 July/Sept; 29(3): 609-22.

Byrnes K, Wu PJ, Whillier S. Is Pilates an effective rehabilitation tool? A systematic review. J Body Mov Ther 2018 Jan; 22(1): 192-202.

Cruz-Ferreira A, et al. A systematic review of the effects of Pilates method of exercise in healthy people. Arch Phys Med Rehabil 2011 Dec; 92(12): 2071-81.

Wells C, et al. Defining Pilates exercise: a systematic review. Complementary Therapies in Medicine, 2012 Mar; 20: 253-26.

Dra Viviana Dylewski

CREFITO 3/99616- F

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